Deviam ensinar inda pequeno, lei de estatuto dos pequenos:
" a vida é estrada sem volta"
mas enganam, e colorem de luz a velha anedota
e menino perdido, alma a buscar
não percebe o caminho
a estrada é penar
e menino vai descobrindo a si
na frieza do existir
todas as meninices ficam perdidas
e a infancia se dá vencida
quantos meninos,
MEU DEUS, como eu
perderam-se todos , buscando seu eu ?
e menino brinca nada
pouco fala
corre,voa, a fuga nasce nas mãos
buscando semelhante
pares errantes
pares meninos
menino só encontra gente grande
menino é - VIOLENTAMENTE- forjado rapazote
pra quê menino a velhice na meninice?
melhor era começar do avesso,
não é bom, pra menino esse
ganhar e depois p e r d e r .
Menino quer ser indio
quer ser história
da don'Ana, professorinha
menino é burquinha
menino é cartilha
menino assobia
menino não chega á noite
meninice morre a luz do dia.
*Quando componho fazendo referência a infância, ao sentimento de estar no mundo( e toda sua ruptura com o lúdico, com o aconchêgo materno), tomo como forma e pretenção, o Mestre das miudezas, o mato-grossense Manoel de Barros.Dele:
"Tudo o que não invento é falso."
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
olha minha criancinha... sentindo falta da segurança da infancia... Eu sei como é... tb sinto. E logo eu taum mimada, essas rupturas doem mesmo, de uma forma q a gnt n tah preparada pra suportar, mas pensa como ia ser chato se chegassem pra uma criança e falassem pra ela td verdade sobre a dor da vida... Ai nem a infancia ia ser um periodo legal... Chega uma hora que temos que encarar nossos problemas de frente, de verdade, e isso dói... mas sejamos sinceros que há uma parte boa nisso tudo. Calma minha lindinha...a vida é boa... ;)
Postar um comentário