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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Redenção

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Olha eu aqui. Fumando. Fu (A)mando.
Olha eu aqui. No melhor projeto da minha vida : me destruir.
Olha eu aqui. Tomando café.
Na verdade, olha eu aqui = bomba relógio. tic tac. vai explodir.
Olha eu aqui . Literatura homicida. Enjoo. Nojo. Raiva. Baratas. Ratos.
f r u s t r a ç ã o _______________ nas entrelinhas.
Ironizando o ato de viver.
O circo de viver.
O palhaço que eu não pinto mais no rosto.
Os palavrões que eu não falei.
Os socos que eu não dei.
A putaqueteopariu que eu nunca mandei.
Agora, ainda vivos e me cobrando sua execução.
Estou eu e o legado de dor que eu deixei dentro de mim.
Me cobrando, me matando, me tirando uns muitos pedaços diários.
As palavras ainda me ajudam.
Elas ainda são a ação possível.
Diante do mal, do caos e de mim.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Luzinha!

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Se você leitor já teve contato com 'Brida' de Paulo Coelho, continue a leitura. Caso contrário, não facilitarei o texto pra que você entenda minhas subejtividades.
Sabe aquela luzinha que brilha ao lado superior direito da cabeça de uma pessoa? Então é sobre ela que eu vou falar.
Li 'Brida' aos 8,9 anos de idade. Era um livro que pertencia à tia Ane, hoje falecida. A capa era interessante e lá no interior do Paraná o maior nome em romance que se conhecia era o de Coelho. Me interessei, peguei emprestado da tia e li nas minhas férias que passava aqui em sampa. Por coincidência no mesmo quintal onde hoje moro. Voltas que a vida dá, vai entender.
Brida é uma bruxa wicca e aprende alguns segredos da vida e do amor naquela filosofia ritualística e simbológica que pratica.Ela sabe que a sua grande busca significa encontrar o portador dessa tal luzinha e vai atraz dele. Ela o identifica. Ela se alegra. Ela se satisfaz. Satisfação essa de todos aqueles que encontram o que procuram , e percebem : a busca acabou.
No entato no caminho de Brida não existem possibilidades para que ela siga essa luz. E descobrir isso gera muito sofrimento e a coloca diante de decisões altruístas, logo muito difíceis.
Num dado momento o dono da luz entrega Brida à vida. E ela vai.
A garota descobre que o grande prazer não era 'possuir', nem tampouco seguir a luz, mas sim, tê-la encontrado.
A jovem bruxa parte feliz e pensa consigo :- Puxa, como tenho sorte!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Anjo Negro

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Uma das mãos sobre o meu quadril.
A força estampada nas pontas brancas dos dedos negros.
Não consigo, por mais que eu tente, desvenciliar-me dele. É tão gostoso.
Ele me suga, me devora. A voracidade com a qual ele se mostra me deixa frágil.
Não, não consigo reagir. Qualquer reação diante dele estragaria tudo. Apenas sigo seu ritmo, entorpecida, desejando que jamais acabe.
Ele me toma em seus braços e me aperta enquanto me morde os ombros. Começo a achar graça dele. Sorrio. Num repente de fúria ele se encaixa em mim, que mais eu quero? Apenas que ele continue.Posso ouvir sua voz e ela entra em lugares que me fazem tremer. É tudo tão voraz. Me submeto a ele a fim de que ele extraia mais do que eu em mim. Espero.
Os braços que há pouco me enlaçaram já emolduram meus seios e sua lingua pincela meus mamilos....seu semblante diz: fome. A ele chamamos : desejo.
E mais a dança se faz, e mais tenho que contemplá-lo. O vigor com desenha oitos dentro de mim é incansável. Mas ele cansa e o seu cansaço não é paz... Mergulha entre meus seios e a coreografia de lábios,lingua e dentes são levadas pela melodia que criamos : as vozes estupidamente embriagadas à procura do fim.
Quanto mais a procura se instala e se refaz, mais temo o fim do mesmo modo que o desejo. No entanto, penso: Começaremos tudo de novo. Que venha o fim!
E mais chêga o limite que ele gosta. Que eu procuro. Eu só quero dar-me. Como a nenhum outro me dei, porque até ali nunca havia chêgo.
E as minhas mãos, a minha voz, lìngua, boca, pêlos, seios,quadris e vagina. Nada detém seu desejo. O meu fingido que é, diz estar findo. Não, não.... eu quero mais.
Queremos.
E a noite quanto mais se repete mais eu desejo. E ele me apresenta o rei da noite de modo que eu não posso rejeitá-lo...não há motivo. A minha fome, a minha estúpida e incontida sede vai em sua busca. E quanto mais nos confundimos entre nós, mais as mãos dele tecem os melhores nós que meus cabelos tiveram. E lágrimas escorrem no mesmo minuto que o ar me falta....Um homem daquele num estado febril em função da minha boca molhada...A conquista cresce da mesma forma que o fim surge.
Terminamos na última noite. Ele se despede. Estou cansada.
No entanto não quero sonhar mais,pelo menos hoje não.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"Che"

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Não valeria a pena, tendo em vista o contexto histórico abordar o fime como tema central no post.
Ernesto "Che" Guevara foi um revolucionário e como todos sabem seu legado ideológico permanece até hoje, seja em camisetas estampadas com seu rosto ou nos dados históricos de revoluções .
Pois bem... o filme aborda um Che bastante emblemático e o enfatiza como guerrilheiro, idealista e bom moço. O que me faltou, no entanto, foi assistir a figura de Ernesto humanizada, sensível a si próprio e carente. Carente que fosse de afeto, família, sexo e todas as pertinências que me fizeram perceber a falta do homem em Che.
Não sou crítica de filme e por mais cansativo que este o fosse, é apreciável...principalmente tendo em vista a riqueza histórica dele.

.......................................

Mas e quanto a Benício ?

Foram pra mim, apreciadora da beleza e "macheza" de Del Toro, duas horas intermináveis de prazer aúdio-visual.
Del Toro abre o filme fumando um charuto cubano, com um big close em seus lábios, em suas mãos ... e MEO DEOS, o que é aquele homem ?!
A voz que ele empresta a Che, as caretas, o olhar....nada se compara a isso.
Não costumo apreciar a beleza masculina - ela é rara- mas a de Benício, enchem meus olhos.

Continuo, sedenta, aguardando o próximo espetáculo que ele protagonizará: a sequencia de Che.
Espero, crendo de todo o meu coração, que ele se mostre mais humano e protagonize cenas que me façam senti-lo mais "intimo".

De uma fã , absolutamente apaixonada pelos encantos de Del Toro...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O sexo do seu cérebro

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http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI65446-15224,00-QUAL+E+O+SEXO+DO+SEU+CEREBRO.html

O link acima traz uma reportagem sobre o sexo do cérebro, e um teste pra descobri-lo.
A pesquisa abre campo pra muitas respostas, principalmente sobre sexualidade, e também sobre características que nos fazem ter um comportamento compatível ou não com nosso gênero.

Fiz o teste e -como já esperava- meu resultado não apresentou nenhuma novidade. Minha pontuação foi 6, o quê de acordo com a tabela ,significa um cérebro masculino.

Ciência aliada a prestação de serviços pr'aqueles- como eu- perdidos numa confusa identidade.

Façam o teste!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

:D

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Tenho sonhos que ainda não consigo realizar; mas não perco a esperança.
Ontem tive uma notícia muito feliz, uma que gostaria de receber desde os 10 , e milagrosamente veio da onde eu não esperava...

Saí de lá, pensando em como é bom não perder esperanças e tentar de novo, arriscar.Tô perto de uma grande conquista, e me sinto abençoada. Tudo tem sua hora certa.A minha chegou, torçam por mim.

que tudo dê certo.

Tempo Rei

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Sinto a força do tempo sobre mim
sinto a mudança do tempo em mim
aqui dentro
estou perdendo tantas manias, manias que eu chamava "amor"
.

Prefiro ficar assistindo a mudança de fora de mim
melhor não entrar e tentar salvar a pátria
melhor é deixar que o melhor se organize melhor, e eu o reconheça melhor.

tempo de absoluta depuração
tempo de absoluto perdão
que bom, é chegado o tempo da paz.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Lição

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Coisas valem mais do que pessoas?

Ouvi isso numa pregação há uns tempos atrás. Esse era um questionamento que o pastor repetidas vezes fazia e que me gerou- creio que não só em mim- uma grande reflexão.

Que carro eu preciso ter pra ser amada, desejada, reconhecida e dita benssucedida?

Quanto eu tenho que ganhar pra ter um homem belo e fiel ao meu lado?

Quantas viagens eu tenho que colocar no meu currículo pra ser considerada "culta"?


As respostas ficam por sua conta leitor.

Quantas meninas/mulheres eu conheço que jamais sairiam com um cara sem carro? Muitas.
O valor do cara tá no carro. O sucesso dele tá no carro. O "futuro" -projetado por elas -também.

Um cara com um bom carro= Um cara com uma mulher bonita, com uma mulher "rebuscada". Um cara propício a ser amado.
O carro é fálico, "permeado de feromônios": atrai muitas fêmeas.
Um homem pobre, sem carro, ganhando pouco= Um homem com chances menores da parceira "rebuscada".

Me questiono novamente: Coisas valem mais do que pessoas?

...

Os valores estão no caráter, na ideologia, na integridade. Nenhum advento da modernidade- comprado a alto custo, obejto de luxo- pode se sobrepor a isso.Não deve.Temos que abrir nossos olhos.

Eu me orgulho de mim em relação ao "carro". Sempre andei a pé, de metrô e ônibus com todos os meus namorados. Nenhum tinha carro. Eu achava absurdo desqualificar um pretende só porque ele andasse a pé.

Eu sempre preferi outras locomoções.
Prefiro os pés, as asas, um olhar repleto de alma.

Gosto de pessoas "nuas".Essa nudez que me apaixona é , em suma, admirar alguém sem base nos agentes externos, nos fatores econômicos. Tocante é a alma, o elo.

Quanto ganha, quanto tem, onde mora, que carro dirige...Sinceramente, não vai me fazer "ficar" com ninguém.

"O essencial é invisível aos olhos ."


Essa é uma resposta ao texto da Ana, publicado 30.03.2009 :"Sobre o nada" no blog Chá com Bobagens

Bolinho, coisas não valem mais do que pessoas.


Percepções

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Tem um negócio chamado intuição, e eu tenho.

Nos últimos dias tenho pensado muito nas minhas atitudes e quero mudar.Mudar abre caminho pra felicidade.

Eu vou. Serei determinada.

*

Só desejo que a verdade vença num tempo certo, preciso.
Por que em cinco minutos se perde uma vida, se começa outra. E eu só quero a minha vidinha, aquela que eu tanto amo.

Que as minhas intuições sejam bobeiras,e se não forem, que eu renasça de novo.

De novo, e de novo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Acerca dos amores reprimidos

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Outra madrugada, por volta das 3:30 meu celular tocou. Acordei um pouco assustada, e quando atendi era ele.
Ele estava com uma voz suave, carinhosa, de quem talvez tivesse bebido um pouco mais.
-Oi, eu só liguei pra dizer que eu te amo e que estou com saudades.
Eu meio acordada, meio dormindo disse que também. Eu iria dizer o que? Melhor era não criar problemas áquela hora da madrugada.
Terminou me mandando beijos e perguntando se iríamos nos ver no final de semana, no aniversário de uma amiga em comum.Eu disse que sim.

Pensei bastante no que ele me disse durante o dia seguinte que correu devagar e amedrontador.
Estaria ele voltando? Eu conseguiria me vencer e amá-lo novamente? E por aí minha cabeça tecia longas redes de problemas e soluções, e de uma possível reviravolta no caso.
Chegada á noite, encontrei um cara tímido e desconcertado.Bem diferente daquele apaixonado ao telefone de madrugada. Eu não sabia muito o que dizer, melhor era fingir que não lembrava, e tentei, pelo menos até quando o assunto "nós"( eu e ele ) reapareceu .Novamente vindo dele.
Estavámos com um casal de amigos e a tônica da conversa era nada mais, nada menos, que sexo. Pra ajudar eu comecei a defender meus pontos de vista, e transparecendo fortemente minhas opiniões.

Num dado momento da discussão, surge nele um homem magoado e ferido;um retrato frágil e machucado que eu jamais vira antes.E começa o ataque.
Ele diz que eu sou o tipo de mulher que não se importa com seus sentimentos, que nunca quis dialogar, que jamais quis saber de outra coisa que não fosse sexo-com ele.
Lá pelas tantas, comecei a me sentir culpada.Ora, não é bem assim. Sim, sim - eu digo- o sexo é primícia, é mister, mas eu amava você. Amava tanto, que talvez, não soubesse exteriorizar de outro modo, outra forma.Nunca foi apenas sexo.Foi sempre confluência. Confluência esta ,de idéias, sonhos, desejos, e aventuras.
E o ataque continuava.Eu lá pelas tantas, desisti de me defender e comecei a "aceitar" a doença- pra ele doença- que tinha.Ou tenho !?
Pedi desculpas.Perdão. Revoguei minha lei orgulhosa de não abaixar a cabeça, de não ficar contrita diante da mágoa dele.
Ele me abraçou.Eu senti uma vontade imensa de chorar.Talvez fosse pura injustiça comigo, talvez com ele. Eu não sei até agora quem ficou pior no resultado final.

Mas a grande questão é que me senti como aqueles que não querem saber de nada, além de sua própria satisfação.E eu sou assim.
Sempre, sempre, preconizei o sexo.Não associo ele com amor, com afeto.Ele é separado de tudo. É o mesmo desejo substancial de comer e dormir. Talvez o mais forte dos três na minha personalidade.
Aquela noite prometia tanta coisa e não era com ele. Mas a carga foi tanta que eu me sentei num canto e lá fiquei até ir embora.

O mais doloroso nessa história inteira foi perceber que existe um amor reprimido.Um desejo propulsor e convulsivo. E todas as vezes que ele tem a oportunidade de me matar, ele o faz. No alto da minha sensibilidade- leia-se ironicamente o adjetivo- eu não enxergo e sou pura e simplesmente o egoísmo em pessoa.
Sou uma mulher-bicho. Daquelas que acorda de madrugada o par e o consome, e foda-se o trabalho do dia seguinte, o jogo, o sono.

O amor dele é sincero.É puro, leve.Como foram outros.Já em mim, não há sequer afeto, é desejo de posse -leia-se sexual-,desejo doente da trepada perfeita.
O amor quando toca em mim me enobrece, repele a volúpia durante um tempo.Mas pra sempre é largo demais pr'um desejo tão presente.

Termino desejando que as mágoas dele e dos outros cessem. Que não haja mais esses amores reprimidos sendo revelados em tanta mágoa e que realmente eu pertença ao par par.
E que eu me cure, porque não !?


P.s.: Recomendo a leitura do conto "O ovo e a galinha"- Clarice Lispector.

Me abriu um mundo na cabeça.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Da beleza e da inteligência numa mulher

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Elas deveriam ser bonitas

Bastava apenas que fossem um oito em curvas
Que possuissem cabelos que tocassem o umbigo, limite entre minha sanidade e loucura .
E que bailassem, quase que sem querer na cadência jeitosa de suas cadeiras

Elas devem ser só beleza,
Exijo!

Que se parecessem fadas ou bruxas, de quando em quando
quase que pra sempre
Mitificando seu gênero, profundo e assustador e INSUBSTITUÍVEL
Beleza, sobrepondo beleza e beleza

E que quase sem notoriedade
Seus lábios proferissem discursos embasados e arrasadores
Sem quem eu me percebesse, admirando qualquer coisa que não fosse seu corpo.

Malditas!
Malditas, inteligentíssimas!
e é este o ponto em que perco chão e deixo minha alma perdida numa delas.

**Para a mulher mais inteligente de minha vida.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Prosa Descabida

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Há em mim, ainda o desejo de busca, como outrora aquele sabor ité na boca e um jeito destrambelhado de dizer :-Meu Deus, valei-me.
Me procuro geralmente em frente ao espelho,observando o trabalho bem-feito em cada traço do meu rosto...Me procuro lendo meu Mestre e alguns meus outros mestres.Me procuro em outros homens(a parte mais divertida, perdoe-me o sarcasmo),e neles encontro o que eu não procuro.Não desejei um homem que não pude ter, tive todos quanto quis .
Em verdade eu sou o melhor da criação.Principalmente da criação que eu construí .