segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Estou envelhecendo

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Passei tanta coisa, passei tanto de mim e passei tanto do ponto. Deste, daquele, do meu, da vida.Do ponto que eu deveria descer pra caminhar um pouco mais.
Não existem atividades literárias pra quem não ama mais segurar num lápis. Pra quem abandonou um caderno de cinco anos e se apaixonou pela vista deslumbrante de um computador. Nele posso ver o mundo. Nele cabe todo o mundo, toda a minha paz. Nele cabemos.
Que piada!
Lí um texto tão bonito, que me tocou tanto. Era sobre como os nãos que dizemos ao longo da vida custam um único sim que pode ser dito.
Pois bem, lá vou eu.
Dentro de mim, no mais íntimo, estão todas as palavras ansiosas por nascer e fazer morrer. Ansiosas para não frutificar – no sentido puro da poesia :esfacelar-, loucas pelo próximo tiro e pela próxima lágrima.
Ontem me nasceram tantas palavras e me neguei a ouví-las. “Sai de mim, poema sempre dito.”
Pensei : Maldito seja esse dia. E continuei.
Com quaantas palavras pode um poeta inteligente contar uma mesma história( sem que se mude uma só vírgula )?
Muitas.
Com quantas palavras pode um negligente contar uma mesma história ( sem que se mude uma só vírgula )?
Com nenhuma. O negligente apenas ignora tudo.