terça-feira, 30 de outubro de 2007

Elegia para elefantes e amigos

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Me acenam agora os carros
No mar de geringonça metalizada
O céu nesse prelúdio de chuva
E eu cá , itinerante perdido em toda rua (lacuna)

. . . . . . .

Os transeuntes que aqui passam
Flutuam como flamingos
Se este dia mergulhado em sol amarelo estivesse
Chamaria-o de domingo

. . . . . .

A caneta me punha , e transcrevo a constelação de idéias que aqui percebo
No chão duro, e espesso de caos concreto
Povo que pisa sofrido e valente
Enxerga no asfalto : Todo mar , pura brisa


. . . . .

Elegia de elefantes e amigos
Não sei por onde , tais serão absorvidos
Na manada paquiderme , da fêmea que conduz com doçura
Sua cria faminta na savana , devorando folhas de pouca lisura


. . . .

Os amigos esse eu os enovelo
Com pouco e ardente tilintar de elo
Passam , na leveza de formigas na parede
Levando em miúdos a essência do dia : Este


. . .

Abraça-os , cada um , comendo o que pouco (muito) me dão
Segue a vida nesta avenida
De muitos que ficam
E justo hoje tantos se vão .


. .

Foram .

Fui

Interruptor

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Joguei muita gente pela janela
Arremessei o coração na sarjeta
Externei o eu á navalha
Saí do campo de concentração

Perdi o medo
O Führer perdeu a guerra
Um filho passeia com o pai comendo algodão-doce
Uma velhinha se enconde sob as rugas

Eu apercebida desse todo , expiro a surrealidade que eu construíra outrora e alivio o pesar :
Acabou !
A vida é bela !

EU SOU A VIDA !
Sem perder tempo com a estrutura anátomo-fisiológica que me não isenta de particularidades mesquinhas , questões irressolúveis.

Eu me arremesso á tudo , e á tudo sou me , eu absoluta .

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Fulana Legítima

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Transcendí a linha do objeto belo de se admirar e ,me tornei a mente que comanda quem sabe o admirável, olhar


Não me outorgue penozas chagas pra assoprar que o belo é burro e da dor cansará

Entregue a mim o que dentro de ti habita que uniremos o que se constrói difícil com o que não há


Na tua mão vem a lenta espada do prazer

Me corte como o vento , não me faça estremecer

Diga o teu nome na hora que me recorrer

E, deixe-mo nele devanecer


Enxuga o teu sarcasmo que eu lhe pingo a ironia

Não me possuirás enquanto eu não for minha

Todo o belo é feio , se comparado ao que te entrego

Não desprezes intelecto , a dura luta contra o ego.




Tentativa da descoberta da minha Fulana , própria, legítima e autoral.

A abstração é extremamente favorável ,a psique talvez se imprima disso pra transformar o que pretende ser no que é...