Essa ânsia de expurgar todo o fel contido
Brasas em lume , mal reprimido
Esbravejar com toda treva minha
Cerrar os punhos contra essa agonia
E prevaricar contra todo deus
Duvidar do fracassado Eu
Temer á legítima fúria
Ah! Me deleitar nas vozes da lamúria
Até beijar ferida,acalmando com os dedos o sangue a jorrar
Gargalhar de cada poema quase legível , abandonado
Apontar que o poeta é torto e é um puto e é safado
Já não temo. A sirene se aproxima . . .
Humano e insano! Longe e perto da morte é sorte
Troco a indumentária e recorro á branca-camisa da rima.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Integridade
??
!
Só assim , bem dentro de mim
Tudo se conceberá , realizará
Não á temática incursiva , indecisa
O tempo é hoje
Meu amanhã é virgem , posto que nada o tocará
Nem eu , na fecunda vontade de o possuir
Acalmo os atenuantes da fôrma
Não me pré-ocupo da carga vindoura
Que seja , pesada, leve,ou que irá ressoar
Nada da criança me afastará
O tempo , seu poder, afundam
Me persignam os santos , os putos
Na redoma , na bolha , no meu olvido
São o absinto , o amor ao Eu
O destino , o acaso,
Abnegação e construção
Aceno o mundo á integridade ....
O requerirá ?
Aceite leitor a dúvida ,e perceba-se da essência do pobre poeta ,cheia de ambiguidades. Como possivelmente é a tua ...
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Chôro pra Embalar Menino
Ainda terreno, assume um deus o menino
Certo de sua lúgubre vocação
Será devorado , enquanto pequenino
Não há direito pra rebento do sertão
Mundo vário , descaso pleno
Pode esse deus , ser assim Supremo ?
Ouvirá a oração
Do menino com sangue nos pés ,caído no chão?
Toda a chaga, benção será
Pro menino que a fé há de levantar
Sertanejo duro , teimoso
Não lhe abraça a morte
Sendo este o sentido da prece
No deus, o Todo Milagroso.
Certo de sua lúgubre vocação
Será devorado , enquanto pequenino
Não há direito pra rebento do sertão
Mundo vário , descaso pleno
Pode esse deus , ser assim Supremo ?
Ouvirá a oração
Do menino com sangue nos pés ,caído no chão?
Toda a chaga, benção será
Pro menino que a fé há de levantar
Sertanejo duro , teimoso
Não lhe abraça a morte
Sendo este o sentido da prece
No deus, o Todo Milagroso.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Pára-Tempo
Pára- raio , para-brisa
Pára-doxo de Luiza
Pára-peito , para-lítico
Observa-o, tísico
Pára -Mãe, orgulho de cria
Pára-Pai ,crescer de agonia
Pára-Tia , um belo dia
Pára-Vó , carinho de dó
Pára-Hora ,leve demora
Pára-Segundo, suspiro do mundo
Pára-Decadência, molejo de Ascendência
Pára-Eu , tempo é assim
Pássa-Tempo , Roda-Viva
Vida-Dispára , Cura-Ferida
Pára-doxo de Luiza
Pára-peito , para-lítico
Observa-o, tísico
Pára -Mãe, orgulho de cria
Pára-Pai ,crescer de agonia
Pára-Tia , um belo dia
Pára-Vó , carinho de dó
Pára-Hora ,leve demora
Pára-Segundo, suspiro do mundo
Pára-Decadência, molejo de Ascendência
Pára-Eu , tempo é assim
Pássa-Tempo , Roda-Viva
Vida-Dispára , Cura-Ferida
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Soneto do Desespero
Ajuda-me, a reviver-te homem
Como quem tu és,
Vindo sedento e espancado
De outras marés
Ensina-me, a falar-te homem
Sendo baixo e forte , nunca vil
Movendo-te o coração
Como a paixão que te causa arrepio
Sinta-me, a lamber-te homem
Como quem engole toda seiva , todo leite
Fazendo meu alimento as idéias de tua mente
Condena-me, a amar-te homem
Sendo os teus dias, as estações do ano
Florindo a tua chuva nos veraneios de outono.
Como quem tu és,
Vindo sedento e espancado
De outras marés
Ensina-me, a falar-te homem
Sendo baixo e forte , nunca vil
Movendo-te o coração
Como a paixão que te causa arrepio
Sinta-me, a lamber-te homem
Como quem engole toda seiva , todo leite
Fazendo meu alimento as idéias de tua mente
Condena-me, a amar-te homem
Sendo os teus dias, as estações do ano
Florindo a tua chuva nos veraneios de outono.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Elegia para elefantes e amigos
Me acenam agora os carros
No mar de geringonça metalizada
O céu nesse prelúdio de chuva
E eu cá , itinerante perdido em toda rua (lacuna)
. . . . . . .
Os transeuntes que aqui passam
Flutuam como flamingos
Se este dia mergulhado em sol amarelo estivesse
Chamaria-o de domingo
. . . . . .
A caneta me punha , e transcrevo a constelação de idéias que aqui percebo
No chão duro, e espesso de caos concreto
Povo que pisa sofrido e valente
Enxerga no asfalto : Todo mar , pura brisa
. . . . .
Elegia de elefantes e amigos
Não sei por onde , tais serão absorvidos
Na manada paquiderme , da fêmea que conduz com doçura
Sua cria faminta na savana , devorando folhas de pouca lisura
. . . .
Os amigos esse eu os enovelo
Com pouco e ardente tilintar de elo
Passam , na leveza de formigas na parede
Levando em miúdos a essência do dia : Este
. . .
Abraça-os , cada um , comendo o que pouco (muito) me dão
Segue a vida nesta avenida
De muitos que ficam
E justo hoje tantos se vão .
. .
Foram .
Fui
No mar de geringonça metalizada
O céu nesse prelúdio de chuva
E eu cá , itinerante perdido em toda rua (lacuna)
. . . . . . .
Os transeuntes que aqui passam
Flutuam como flamingos
Se este dia mergulhado em sol amarelo estivesse
Chamaria-o de domingo
. . . . . .
A caneta me punha , e transcrevo a constelação de idéias que aqui percebo
No chão duro, e espesso de caos concreto
Povo que pisa sofrido e valente
Enxerga no asfalto : Todo mar , pura brisa
. . . . .
Elegia de elefantes e amigos
Não sei por onde , tais serão absorvidos
Na manada paquiderme , da fêmea que conduz com doçura
Sua cria faminta na savana , devorando folhas de pouca lisura
. . . .
Os amigos esse eu os enovelo
Com pouco e ardente tilintar de elo
Passam , na leveza de formigas na parede
Levando em miúdos a essência do dia : Este
. . .
Abraça-os , cada um , comendo o que pouco (muito) me dão
Segue a vida nesta avenida
De muitos que ficam
E justo hoje tantos se vão .
. .
Foram .
Fui
Interruptor
Joguei muita gente pela janela
Arremessei o coração na sarjeta
Externei o eu á navalha
Saí do campo de concentração
Perdi o medo
O Führer perdeu a guerra
Um filho passeia com o pai comendo algodão-doce
Uma velhinha se enconde sob as rugas
Eu apercebida desse todo , expiro a surrealidade que eu construíra outrora e alivio o pesar :
Acabou !
A vida é bela !
EU SOU A VIDA !
Sem perder tempo com a estrutura anátomo-fisiológica que me não isenta de particularidades mesquinhas , questões irressolúveis.
Eu me arremesso á tudo , e á tudo sou me , eu absoluta .
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Fulana Legítima
Transcendí a linha do objeto belo de se admirar e ,me tornei a mente que comanda quem sabe o admirável, olhar
Não me outorgue penozas chagas pra assoprar que o belo é burro e da dor cansará
Entregue a mim o que dentro de ti habita que uniremos o que se constrói difícil com o que não há
Na tua mão vem a lenta espada do prazer
Me corte como o vento , não me faça estremecer
Diga o teu nome na hora que me recorrer
E, deixe-mo nele devanecer
Enxuga o teu sarcasmo que eu lhe pingo a ironia
Não me possuirás enquanto eu não for minha
Todo o belo é feio , se comparado ao que te entrego
Não desprezes intelecto , a dura luta contra o ego.
Tentativa da descoberta da minha Fulana , própria, legítima e autoral.
A abstração é extremamente favorável ,a psique talvez se imprima disso pra transformar o que pretende ser no que é...
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