quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Soneto de lágrimas

Eu era sombra dela
E pra espelho ganhei seu retrato
Eu tinha que ser ela
Tudo que fosse eu belo não era

E sofria contida
Escondida e perdida
Desejando ser outra
Pra ser amada

Mas chegou um tempo, calmo e ameno
Que trouxe a certeza do meu pouco valor
Me cortou milhões de vezes e me fez pura dor

Hoje o corte sangra aberto
O meu amor nele acabado mora
E ela a espreita, aguarda sua hora.


*Este soneto só foi possível
porque foi necessário.Nasceu entre lágrimas doídas e incontidas.

http://www.youtube.com/watch?v=213JkDhg1Fw&feature=related

Domigos é, pois Domingos diz.

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