quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sanidade Bachiana

Essa ânsia de expurgar todo o fel contido
Brasas em lume , mal reprimido
Esbravejar com toda treva minha
Cerrar os punhos contra essa agonia

E prevaricar contra todo deus
Duvidar do fracassado Eu
Temer á legítima fúria
Ah! Me deleitar nas vozes da lamúria

Até beijar ferida,acalmando com os dedos o sangue a jorrar
Gargalhar de cada poema quase legível , abandonado
Apontar que o poeta é torto e é um puto e é safado

Já não temo. A sirene se aproxima . . .
Humano e insano! Longe e perto da morte é sorte
Troco a indumentária e recorro á branca-camisa da rima.

Um comentário:

Alkhamiran disse...

Nossa o blog parece meio vazio, ou pessoal não costuma apreciar a poesia, ou suas idéias fluem muito depressa sobrepondo antigas poesias. ^^
Sobre essa poesia, tenho de dizer que parece bem contemporânea, embora faça alusão à um vocabulário mais rebuscado típico de épocas passadas. Palavras pesadas ilustram um contexto de fúria que se analisado no ambiente cotidiano muito se assemelha ao apogeu do stress, que a tudo quer destruir sem medir as consequências de suas ações.
Gostei ! Achei bem criativo e interessante ! ^^